Ultima Metáfora

Gabriel Leirbag

Compositor: Gabriel Leirbag

Quando você ver um jovem fazendo
O som que ele tá fazendo
Aplaude ele
Se você se sentir à vontade
Ou fique em silêncio e aprenda
Porque ele é destemido
Porque ele não tem medo de nada
Esse jovens
Tem força pra mudar o planeta meu irmão

Eu nunca fui de fazer som pra público
Expor meu lúdico, meu interlúdio
Sempre foi me criticar
Meu ego sempre foi o meu airbag
Toda vez que alguém tenta pisar
Ele começa a inflar
Minha comissão de vida, é paga em fadiga
Quando tento procurar uma mina
Que não vise lucro pra fechar
Os meus beats tomam antidepressivo

Toda vez que eu como livros
Só pra vomitar algo pra filosofar
Uns versos sujos, que não pagam a conta
E eu nem me dei conta, que esse mês
Eu fiz a conta e ela não vai fechar
Tanto beat parado, e versos jogados
No canto do quarto
E no quarto sono eu tive que acordar
E a cada porrada eu me cato

Me resta uns pedaços
Que sempre me afogam
Mas consigo restaurar
E ontem na cama, me encontrei no braile
Tato pelo corpo dela, até fazer
Esse instrumental gozar
Acordo pela pílula do dia seguinte, que
Aborto meus sonhos do ano
Passado que não quis vingar
Tratei a vida como essas minas

Não quis correr atrás dela
E agora ela me quer achando
Que eu vou me matar
Só que eu já me matei
E vou continuar queimando
Cada traço que insiste em me fragmentar
Eu tô despedaçado desde o ano retrasado
Nem se juntasse os cacos superbond ia colar

Porque não é qualquer um que abre a boca e se expõem
Não é qualquer um que assume
As suas verdades sem nem saber o que que vai sair da boca dele
Mas ele tá aberto de coração e alma
Pra se expressão com qualquer um que estiver ali pra ouvir ele
Isso é muito forte
Porque você esta falando de uma cronologia biológica
Mas você nem sabe quantos anos a ama tem daquele menino né?
Temos alma
Avisa pro pessoal que meus meninos que faz um rap tem alma
Eles estão vivos

Muito vivos!

Querem quebrar meus sonhos
Em pedaços tão pequenos
Que eu não consigo nem me
Lembrar quem é que eu sou
Ainda ouvia, meu filho o que
Você ama não da futuro
Pra sustentar a casa cê precisa ser doutor
E todo dia ele voltava do
Trampo com pouca grana
Dava um jeito, sem nem entender

Como a conta fechou
E eu entendi, que a grana não multiplica
Se no final, o trampo que cê faz
Não for o trampo que cê sonhou
Com o pé no chão, irmão, satisfação
Sou resultado de um trabalho duro
Não nasci com o dom
Me enquadre nessa história
Como rei, ou o vilão
Mas me esforço desde pirralho

Pra lançar um bom refrão
É preciso ser baixo pra almejar o muro
É preciso ser cego pra entender o escuro
E mesmo eu sendo alto e
Enxergando tudo ao meu redor
Eu não consigo compreender isso tudo
Ainda, me sinto criança, querendo sonhar
Cresci e não sei se sou o
Adulto que eu queria ser
Vejo um mundo inteiro
Pessoas que não sabem amar

Talvez o preço a ser pago
Por tanto querer crescer
É um absurdo, eu ter mais
Dados pessoais do
Que sonhos realizados
No meu currículo
Eu tenho sido um fraco
Mesmo sendo adulto
E sempre que fica difícil eu
Clamo pelo próximo capítulo

Eu tô na investigação da minha própria morte
E ser tão egocêntrico é o primeiro indício
Ainda não conclui se me empurraram ou cai sozinho
Mas culpado era eu de já estar no precipício
Só sei que independente das provas eu vou ser preso
Fui autuado no tráfico de informação
Se cada folha de versos é um grama, tem mais de
10kg no YouTube entorpecendo outros irmãos
Mas tô de frente pro juiz pedindo meu acordo
Sentado aguardando a sentença que eu componho
Prometo
É a última metáfora que eu tô traficando dos meus sonhos

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